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Encontro de Animadoras Vocacionais

Encontro de Animadoras Vocacionais

por Ir. Clarice Teresinha Heck

No dia 10 de setembro, realizou-se o Encontro das Animadoras Vocacionais das Comunidades. Fomos acolhidas no Lar Santa Elisabeth, em São Leopoldo, e foi grande a alegria do reencontro presencial, depois de tanto tempo de pandemia. Rever-se e partilhar foi muito motivador!

O momento inicial de espiritualidade nos motivou a seguir o Mestre, através da encenação da passagem bíblica do jovem rico. Para seguir Jesus, precisa-se algo mais do que só cumprir os mandamentos: é preciso desapegar-se dos bens, deixar tudo e segui-Lo.

Em seguida, o Pe. Ezequiel Herold Souza – pároco da Paróquia Nossa Srª. Medianeira de São Leopoldo – refletiu o tema:  A Aproximação das Juventudes, a partir da Exortação Apostólica pós-sinodal “Christus Vivit”. O Senhor quer a juventude viva, com brilho nos olhos, com esperança e alegria. Pe. Ezequiel falou a partir dos jovens bíblicos que, a partir de diferentes realidades e idades, foram chamados pelo Senhor para segui-Lo:

José do Egito, o menor da família, foi cativado pelo Senhor, que lhe comunicou grandes sonhos e superou todos os seus irmãos em tarefas importantes, aos 20 anos.

Em Gedeão, reconhecemos a sinceridade dos jovens. Gedeão questionou o próprio Senhor, mas Deus lhe disse: “Com a força que tens, vai e liberta Israel” (cf. Jz 6, 14).

Samuel era um adolescente inseguro, mas Deus se comunicava com ele. Graças ao conselho de um adulto, ele abriu o coração para ouvir o chamado de Deus. “Fala Senhor, teu servo escuta” (cf. 1Sm 3, 10).

O Rei Davi foi escolhido sendo ainda um jovem. Foi o preferido entre todos os seus irmãos, pois o homem vê a aparência, mas Deus vê o coração.

Salomão, quando teve que suceder seu pai, sentiu-se perdido e disse a Deus: “Mas eu sou apenas um menino e não sei como proceder” (cf. 1Rs 3,7). Mas pediu a Deus sabedoria para cumprir sua missão.

Uma moça Judia, que estava a serviço do militar estrangeiro Naaman, interveio com fé para ajudá-lo a curar sua doença (2 Rs 5, 2-6).

A jovem Rute foi um exemplo de generosidade ao ficar com sua sogra, que caiu em desgraça, e também mostrou sua audácia para seguir e assumir sua vida.

No Novo Testamento, Jesus conta a parábola do jovem (Lc 15, 11-32) que pediu a herança e saiu de casa, aventurou-se pela vida, gastou tudo, passou fome e, caindo em si, se encheu de coragem e humildade e voltou para a casa do Pai, o qual o recebeu com festa, pois o reencontrou com saúde.

Jesus quer que olhemos para os jovens com amor, esperança, acolhida e compreensão. Eles têm muita criatividade e vitalidade. Neles existe o desejo de coisas grandes. Jesus quer dar-nos um coração sempre jovem. Mudança radical exige sair da zona de conforto.

Assim, o bom animador e a boa animadora, promotor/a vocacional, é aquele/a que é capaz de ver em si os sinais de Deus e despertá-los nos outros. Quais os costumes que as famílias estão cultivando? Muitas famílias não cultivam a vida religiosa, o pertencimento a uma comunidade. Como cultivar uma vocação em um mundo sem fé?

A relação com Deus deve ser de coração a coração. A crise que vivemos é uma crise de esperança.

O jovem, hoje, encontra muitos desafios, crises e medos. Os jovens sofrem bullying, pobreza material e espiritual, preconceito, intolerância. Têm medo de serem invisíveis (de não serem vistos e considerados), de serem excluídos (dos grupos, de oportunidades), e de serem inúteis (sem sentido, sem perspectivas e oportunidades). A indiferença dói, machuca, adoece e até mata.

Na continuidade de nosso encontro, às 11h, celebramos a Eucaristia, presidida pelo Pe. Ezequiel. Após a Missa, um saboroso almoço foi oferecido pelo Lar Santa Elisabeth, e tivemos uma fraterna e prazerosa convivência.

No início da tarde, fizemos um prazeroso momento de recreação, que foi divertido e fez bem. Após, foi realizado um momento de recordar os destaques, as ressonâncias da manhã. Foi destacado que o Pe. Ezequiel falou com simplicidade da sua família e da própria vocação; as realidades e os medos das Juventudes nos chamam atenção, bem como a ligação dos jovens com os personagens bíblicos; e a gentileza do Pe. Ezequiel de nos presentear com o Documento Christus Vivit.

Após, o Pe. Ezequiel desafiou que cada uma listasse 15 valores importantes de uma lista de 72. Depois reduzimos estes valores para cinco, e, por fim, ficamos só com dois muito importantes para a nossa vida. Desafiou-nos a rever nossos sonhos, que cultivamos.

Ir. Mônica de Azevedo, nossa Ministra Provincial, nos lembrou que devemos dar passos importantes, saídas de casa. Dar passos para ir ao encontro dos jovens, das juventudes. A idade não é um impedimento. Lembremos que Francisco e Clara saíram de casa, deram cada qual seus passos. Francisco enviou seus Frades, dois a dois, para anunciar a Boa Nova do Evangelho, ou por palavras ou pelo testemunho.

Madre Madalena também deu seus passos. Foi para Liege… As seis Irmãs pioneiras saíram da Alemanha e vieram ao Brasil para aqui viverem sua missão.

Assim, fomos motivadas por este encontro presencial, que nos encheu de alegria e esperança para sermos testemunhas do amor, do encanto e do acreditar nas Juventudes.

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